quinta-feira, 31 de julho de 2008

Feroz


A trovoada ressoa pela tarde:
iminente tempestade reboa.

Apaixonada devoção no arrebol:
ardente magenta
na introspecção do espírito...

Hora do ângelus.

Infinito aberto precipita
no sumidouro da noite acesa.
Defluxo, temporal descortina
em pancadas atordoantes.

Os seres expõem suas almas,
abrigam seus corpos.
Animais ecoam em gritos: é hora da tempestade!

Tempo...templo...temporal...
Tempestade - fragilidade do mundo! -
desabando feroz e atéia.

É tempo de recolhimento e espera!




27.04.1997