quinta-feira, 31 de julho de 2008

De Vinhos e Deuses





     Sob a sombra suave da videira,
    vejo o rosto ebúrneo e sereno:
Tua boca tocando, à maneira
  de um anjo, o fruto pequeno.



Idílio no entardecer profundo
Verde folhagem que se realça
no mosto de vinhos oriundos
de uma arte que nos embalça.



Dos cabelos, os cachos teus toco
como a sombra à videira: sonho.
Futuros carinhos em ti suponho.



Quimera! Onírico, lírico eu foco,
sob as ramas vãs do meu anseio,
tuas asas, plumas de um enleio.





23.11.1995

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