Sob a sombra suave da videira,
vejo o rosto ebúrneo e sereno:
Tua boca tocando, à maneira
de um anjo, o fruto pequeno.
Idílio no entardecer profundo
Verde folhagem que se realça
no mosto de vinhos oriundos
de uma arte que nos embalça.
Dos cabelos, os cachos teus toco
como a sombra à videira: sonho.
Futuros carinhos em ti suponho.
Quimera! Onírico, lírico eu foco,
sob as ramas vãs do meu anseio,
tuas asas, plumas de um enleio.
23.11.1995
Nenhum comentário:
Postar um comentário