terça-feira, 19 de julho de 2011

Paisagens do Ser



As paisagens habitam
o interno de nós
o inteiro de tudo
o todo de um só
decoram os sonhos
de uma vida completa
dileta em color

Paisagem da alma 
qual pintura in natura
pletora de cores
a arte da lida 
impressa na pele
aos olhos do Pintor


A alma respira
paisagismos que há nela
se há nela janelas
janelas do ser


O cervo que galga
em busca do rio
aspira a imêmore
imensidade das águas
os gestos de Deus


Como suspira o horizonte
pelos olhos do poeta, 
assim, por ti, oh Vida,
suspiram as paisagens
relembradas em nós.


Paisagem de mim
a alma anela por Deus 
se há nela o talento do amor.


A tela bela enfeita 
desde menino
o tino, o destino
do ser que é assim:
paisagem


Como suspira a corça 
pelas correntes das águas, 
assim, por ti, oh paisagens,
suspira minh'alma
sequiosa de cor.




Torres Matrice

18/07/2011

terça-feira, 12 de julho de 2011

O beijo é um verso em que duas bocas rimam.






O matiz de Matisse





            Goldfish - Matisse




Henri-Émile-Benoît Matisse foi um artista francês, conhecido por seu uso da cor e sua arte de desenhar fluida e original. Foi um desenhistagravurista e escultor, mas é principalmente conhecido como um pintor. Matisse é considerado, juntamente comPicasso e Marcel Duchamp, como um dos três artistas seminais do século XX, responsável por uma evolução significativa na pintura e na escultura.

A Terra é insultada, mas oferece suas flores como resposta.Podem nos tirar as flores, mas nunca a primavera!


Oswaldo Montenegro - Quando A Gente Ama (Legendado)

Maduro









Vem 
que te prometo 
o silêncio vivaldino
em cada estação
de espera


Vem...
que a fina flor do carinho
virá também


Vem que as tardes de ternura
cochilam na rede do tempo
se você não vem


Prometo
a grandeza
de quem espera
pelo bem que não se tem


Vem 
que o amor está maduro
falta descascar
a esperança e a ternura 
de um tempo a dois


Então, vem...



Torres Matrice

12/07/2011



Brisa 
suave
e lisa

sua ave
visa
a leve 
calma
d'alma

no ar 
puro
véu
diáfano
ao léu

mel
de uma 
paz
que é só
silêncio
e azul

encontro

nota tom
som
poesia


Torres Matrice

27/02/99

O Ir do rio

A nata especular condensa-se
   adensa o reflexo

    Inata natureza das águas:
       intensidade e brilho

        Seu dorso fluido
       sol do momento
    memento da epiderme
       que não esquece 
a imagem que trilha a superfície
artífice
   o mel que lamenta o ido
        o mal da lamúria
      melúria d'outras eras
paragens ficadas no a/deus
tão distante

Sonatas de cautos momentos
             pluvifluviais...
 momentos daninhos: fermento da vida

             água/planta sobre o espelho:
      olho d'água agora

         Visão que se vai
        se vê se assombra
     se arrasta na pelespelho do rio que revela
      à luz do tempo-pálio
      a espressão
   do todo vital que se mira
vitral
         de uma profunda mente.




Torres Matrice 

28/10/99