sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Dunas


Caminhante...
Delirante em meio ao deserto.
Contra o vento, tempestades de areia,
sopro forte e a soleira na cabeça
essa voz na cabeça!!!

Essa voz, esse chamado...

Essa imagem: tormenta.
Pirâmides de delírios febris
um oásis de desejos sutis
como espadas e seu aço reluzente...

Talvez na mente, no sonho...
Arábica jornada rumo ao nada...

Tempestades de imagens e febres
tórridas, ardentes, lânguidas...
Caravanas do desejo
mouros que se perdem ao longe
tendas de presságios
dunas de paixões que não findam...

Deserto dentro do deserto infindo
indo sempre dentro de mim incerto...
E eu nesta peleja com o feitiço
aceso sob o sol desértico, cigano

E esse Tuareg dizendo - te amo, Bandoleiro!





30.01.1999

Um comentário:

Carmen Regina Dias disse...

Caramba, Poeta Bandoleiro!
Estou em estado de pré êxtase,
mal acabado de ler o segundo poema.
Capturei apenas a textura do tule,
por ora, mas creio que vou acender
um Nag Champa de aroma sutil para
continuar a leitura;
interessante que a tarde que aqui se faz combina com tua poesia;
o sol, entorpecido pelo apelo
do en tarde ser, o vento sem medo de ser feliz, dois beijaflores insaciáveis que se afogam nas lanterninhas chinesas,
os sininhos de vento incansáveis
no tilintar;
e esta delícia de poesia que flui de ti para minha alma.
Magnífico!

Amei... Tenho paixão por desertos, e dunas e tuaregs, oásis e camelos, tapetes voadores,
miragens. Sou louca por miragens,
como minha alma.

Uma nuvem de ternura segue em direção às Dunas do teu poema.

Carmen Regina