sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Ad Infinitum...


Contemplo o rio para aprender,
entender os mistérios:
a superfície e o profundo,
o perene e a morte.



Todo rio viaja em seu corpo!

Eterno, contínuo, fluxo...
Findável.



O rio despe-se de si mesmo
numa eterna despedida pranteada:
a mesma água nunca mais,
jamais o que se foi...
O que fui?


Na superfície o reflexo da luz:
espelho do externo - céu!



Na profundeza, a escuridão, o oculto:
os segredos - o sagrado.



A água escorre, corre... tempus fugit...



O homem, liquidez sólida

- ãnima fugit -

escorre em rugas temporais,
esvai-se, corpo abaixo,

(tudo passa e eu confio)

enquanto eu r.i.o...
no reflexo do r.i.o...

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07.02.1998

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