A nata especular condensa-se
adensa o reflexo
Inata natureza das águas:
intensidade e brilho
Seu dorso fluido
sol do momento
memento da epiderme
que não esquece
a imagem que trilha a superfície
artífice
o mel que lamenta o ido
o mal da lamúria
melúria d'outras eras
paragens ficadas no a/deus
tão distante
Sonatas de cautos momentos
pluvifluviais...
momentos daninhos: fermento da vida
água/planta sobre o espelho:
olho d'água agora
Visão que se vai
se vê se assombra
se arrasta na pelespelho do rio que revela
à luz do tempo-pálio
a espressão
do todo vital que se mira
vitral
de uma profunda mente.
Torres Matrice
28/10/99
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