sexta-feira, 18 de abril de 2008

Solo para uma voz solar







Solo fértil na voz,
campos inéditos.
Um sopro de vida
abrisa, toque de luz.
Oxigênio e divindade.
Aspira e inspira: respira...
A vida quer!
Campos inéditos se descortinam...
Vocalise delicada:
estrutura da bolha de sabão.
Florescem notas amorosas
no ar sustenido.
Só sabe o sonho da luz
quem soube sobrepôr-se
à treva.
A primeira cor do dia
tinge de harmonia
as paredes do espírito
numa nota Sol.
Sol e voz
acordam o horizonte.
O galo da anunciação
acende a vida em mi.m:
tudo raia!
Respiro... Luz solar.
Sol no horizonte da voz.
Solo para uma voz solar!
Respiro...
A amplidão do primeiro ar,
gosto, sabor do eterno.
Amanheço em acordes, acordo.
Volto do adeus
como um broto verde
volta a Deus,
irrompendo a terra
e cantando amor.
Cantar é uma arte,
ressuscita Deus.




19.04.2006

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