Aeradas palavras de tule branco ao léu,aqui,aspiram em lírico desejo,serem como um véu de brisa da aurora num possível orvalho iridescente:palavra de afago no âmago da vida. Tenra carne alva da palavra Àlamo, poesia de madeira leve,Choupo-branco, ornamento da última flor do Láscio, palavra que se presta ao alívio da alma endurecida, palavra que desfaz o nó no coração da madeira esculpida.Tule e Álamo: cortina e fenestra, palavra e respiro.Um sopro de vida.
terça-feira, 19 de julho de 2011
Paisagens do Ser
As paisagens habitam
o interno de nós
o inteiro de tudo
o todo de um só
decoram os sonhos
de uma vida completa
dileta em color
Paisagem da alma
qual pintura in natura
pletora de cores
a arte da lida
impressa na pele
aos olhos do Pintor
A alma respira
paisagismos que há nela
se há nela janelas
janelas do ser
O cervo que galga
em busca do rio
aspira a imêmore
imensidade das águas
os gestos de Deus
Como suspira o horizonte
pelos olhos do poeta,
assim, por ti, oh Vida,
suspiram as paisagens
relembradas em nós.
Paisagem de mim
a alma anela por Deus
se há nela o talento do amor.
A tela bela enfeita
desde menino
o tino, o destino
do ser que é assim:
paisagem
Como suspira a corça
pelas correntes das águas,
assim, por ti, oh paisagens,
suspira minh'alma
sequiosa de cor.
Torres Matrice
18/07/2011
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