terça-feira, 12 de julho de 2011

O Ir do rio

A nata especular condensa-se
   adensa o reflexo

    Inata natureza das águas:
       intensidade e brilho

        Seu dorso fluido
       sol do momento
    memento da epiderme
       que não esquece 
a imagem que trilha a superfície
artífice
   o mel que lamenta o ido
        o mal da lamúria
      melúria d'outras eras
paragens ficadas no a/deus
tão distante

Sonatas de cautos momentos
             pluvifluviais...
 momentos daninhos: fermento da vida

             água/planta sobre o espelho:
      olho d'água agora

         Visão que se vai
        se vê se assombra
     se arrasta na pelespelho do rio que revela
      à luz do tempo-pálio
      a espressão
   do todo vital que se mira
vitral
         de uma profunda mente.




Torres Matrice 

28/10/99

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