sábado, 10 de setembro de 2011

Simplicidade - Pato Fu e Érika Machado







Simplicidade

Pato Fu

Vai diminuindo a cidade
Vai aumentando a simpatia
Quanto menor a casinha
Mais sincero o bom dia
Mais mole a cama em que durmo
Mais duro o chão que eu piso
Tem água limpa na pia
Tem dente a mais no sorriso
Busquei felicidade
Encontrei foi Maria
Ela, pinga e farinha
E eu sentindo alegria
Café tá quente no fogo
Barriga não tá vazia
Quanto mais simplicidade
Melhor o nascer do dia








Simplicidade







"A simplicidade é uma força que vence todas as astúcias." (Stendhal)


Desenhando Ideias - Frases ilustradas







As Telas e Ela









As Telas E Elas

Ana Carolina

Paquero ela, ela dança Peggy Lee
Sem luz nenhuma acendo um Free
Quando eu a vi, vi muito mais
do que eu queria enxergar
Que amor é esse que bateu em mim?
Na parede um quadro falso de Klimt
Quem dera ela toda em mim a se tocar
Rompendo o teto todo, a telha e o luar
Quando me despi, rompi minha paz
De tudo sou capaz
Que amor é esse que me causa um nó?
Da parede roubaram um Miró
Pernas, pés, cabelos, peitos lindos que doem a íris
Meu erro, minha escravidão, meu violão, meu Ramirez
Eu não quero mais viver assim
Eu não quero mais viver assim
Ela pensa que me engana, deixo ela pensar
Daí não dura uma semana ela já quer voltar
Não só aceito e ainda me enfeito
Troco a fronha e o lençol
Que amor é esse que irrompe o mar?
Na parede um traço Renoir
Quem dera ela e mais duas pra misturar
A força que nos prende e solta faz delirar
Quando eu chorei, perdi e ganhei
E agora quem eu sou?
Que amor é esse que me faz querer?
Na parede um autêntico Monet
Bordô, carmim, magenta, cerúleo, azul
Ciúme, desejo, medo, fogo, belo visu
Eu não quero mais viver assim
Eu não quero mais viver assim


sexta-feira, 9 de setembro de 2011

terça-feira, 19 de julho de 2011

Paisagens do Ser



As paisagens habitam
o interno de nós
o inteiro de tudo
o todo de um só
decoram os sonhos
de uma vida completa
dileta em color

Paisagem da alma 
qual pintura in natura
pletora de cores
a arte da lida 
impressa na pele
aos olhos do Pintor


A alma respira
paisagismos que há nela
se há nela janelas
janelas do ser


O cervo que galga
em busca do rio
aspira a imêmore
imensidade das águas
os gestos de Deus


Como suspira o horizonte
pelos olhos do poeta, 
assim, por ti, oh Vida,
suspiram as paisagens
relembradas em nós.


Paisagem de mim
a alma anela por Deus 
se há nela o talento do amor.


A tela bela enfeita 
desde menino
o tino, o destino
do ser que é assim:
paisagem


Como suspira a corça 
pelas correntes das águas, 
assim, por ti, oh paisagens,
suspira minh'alma
sequiosa de cor.




Torres Matrice

18/07/2011

terça-feira, 12 de julho de 2011

O beijo é um verso em que duas bocas rimam.






O matiz de Matisse





            Goldfish - Matisse




Henri-Émile-Benoît Matisse foi um artista francês, conhecido por seu uso da cor e sua arte de desenhar fluida e original. Foi um desenhistagravurista e escultor, mas é principalmente conhecido como um pintor. Matisse é considerado, juntamente comPicasso e Marcel Duchamp, como um dos três artistas seminais do século XX, responsável por uma evolução significativa na pintura e na escultura.

A Terra é insultada, mas oferece suas flores como resposta.Podem nos tirar as flores, mas nunca a primavera!


Oswaldo Montenegro - Quando A Gente Ama (Legendado)

Maduro









Vem 
que te prometo 
o silêncio vivaldino
em cada estação
de espera


Vem...
que a fina flor do carinho
virá também


Vem que as tardes de ternura
cochilam na rede do tempo
se você não vem


Prometo
a grandeza
de quem espera
pelo bem que não se tem


Vem 
que o amor está maduro
falta descascar
a esperança e a ternura 
de um tempo a dois


Então, vem...



Torres Matrice

12/07/2011



Brisa 
suave
e lisa

sua ave
visa
a leve 
calma
d'alma

no ar 
puro
véu
diáfano
ao léu

mel
de uma 
paz
que é só
silêncio
e azul

encontro

nota tom
som
poesia


Torres Matrice

27/02/99

O Ir do rio

A nata especular condensa-se
   adensa o reflexo

    Inata natureza das águas:
       intensidade e brilho

        Seu dorso fluido
       sol do momento
    memento da epiderme
       que não esquece 
a imagem que trilha a superfície
artífice
   o mel que lamenta o ido
        o mal da lamúria
      melúria d'outras eras
paragens ficadas no a/deus
tão distante

Sonatas de cautos momentos
             pluvifluviais...
 momentos daninhos: fermento da vida

             água/planta sobre o espelho:
      olho d'água agora

         Visão que se vai
        se vê se assombra
     se arrasta na pelespelho do rio que revela
      à luz do tempo-pálio
      a espressão
   do todo vital que se mira
vitral
         de uma profunda mente.




Torres Matrice 

28/10/99